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A fé no amor, em qualquer idade

Eu acredito no amor. E você? Antes de começar a ler, pense qual é sua resposta. Muitos falam que sim, uns têm dúvidas e outros já passaram por tantas decepções que criaram um bloqueio. Barreira esta que faz acreditar que o sentimento puro entre duas pessoas não passa de mera ilusão. Falo isso porque fiz uma das escolhas mais importantes da minha vida, escolhi casar e ultimamente andei analisando a reação das pessoas em relação ao casamento, de como elas estão desacreditadas no amor.

Quando alguém vê o anel dourado em minha mão direita, pergunta: você está noiva? E em seguida completa: “Nossa, tão novinha!” Já ouvi de tudo que puder imaginar… “Não faça isso, curta mais um pouco”, “Olha no começo é lindo, depois que casa, muda tudo, viu!”, “Tem certeza que você o ama?” “Casei, achei que era para sempre e não durou dois anos”… Muitas vezes as pessoas acham que porque tiveram experiências desagradáveis, separaram-se ou passaram por algum tipo de traição, será assim com todas as demais histórias. Temos que viver! Se vamos nos decepcionar ou não, o tempo é quem vai dizer. Por isso, a importância de se ter o pé no chão.

Penso que um relacionamento não basta só amar, tem que ter parceria, respeito, diálogo, amizade, sabedoria e tudo isso junto vai refletir na confiança, tão temida nos dias de hoje entre as pessoas. Não existem contos de fadas. Não existem fórmulas. Não existem perfeições, perfeito, só Deus. O que existe são duas pessoas que decidiram se unir, dividir a mesma casa e as contas também, conscientes de que assim como qualquer relacionamento, entre pais e filhos, irmãos ou até mesmo entre amigos, há momentos bons e ruins, suas dificuldades, suas fases e principalmente suas diferenças, que precisam ser respeitadas.

Sim, eu sonho em casar de branco. Sou nova? Muitos acham que sim, completo em agosto meus 24 anos. Mas se comparar essa idade com as que as pessoas se casavam há tempos, até que não. Antigamente era comum casar-se entre 15 e 19 anos. E muitas vezes, quase sempre, a mulher não tinha livre arbítrio e a decisão vinha das famílias. A da noiva oferecia o dote à família do noivo, costume antigo que consiste no estabelecimento de uma quantia de bens e dinheiro. Com o passar do tempo, essa cultura mudou e agora a decisão é do homem e da mulher, ainda bem!

Opinião e divisão de experiências contam. Porém, cada caso é um caso. E já entendi porque o espanto com a palavra CASAMENTO. Porque o ser humano se tornou tão individualista, que não quer compromisso e muitos deixaram de acreditar na frase: “Até que a morte nos separe”. O sucesso, o dinheiro e o status se tornaram mais importante que o AMOR.

Amar e casar não significa deixar de viver. Os projetos vão mudar, claro! Mas você pode sim trabalhar, estudar, viajar, sair com os amigos e progredir. Como disse, isso depende da solidez de cada relacionamento. Se vai ser para sempre? … Desejo que sim!

*Karla Lyara – Jornalista e pós-graduanda em Assessoria de Comunicação, Política e Terceiro Setor. Inquieta e expressivamente afetiva. Leonina, é amiga e tenta abraçar o mundo. Está aprendendo a falar menos, ouvir mais e não se importar tanto com a opinião dos outros. Vive o momento noiva e deseja que as pessoas substituam a mágoa por perdão e a inveja pelo amor.

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