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Espécies ameaçadas de extinção, como o cachorro-vinagre, são preservadas pela Eldorado Brasil em Área de Alto Valor de Conservação (AAVC)

Autor(a): Dilma Bernardes

Atualmente, 28% das áreas da companhia são voltadas à preservação de áreas naturais, demonstrando seu compromisso com a integração ecossistêmica

Dos quase 400 mil hectares de áreas de florestas em que a Eldorado Brasil atua, 28% são destinadas à conservação. A companhia tem na sustentabilidade um de seus pilares fundamentais e adota um conjunto de ações responsáveis que resultam na produção de celulose certificada, por promover manejo florestal economicamente viável, ambientalmente adequado e socialmente benéfico. Um exemplo notável desse comprometimento é a Fazenda Pântano, localizada no município de Selvíria, que possui 1.341 hectares classificados como Área de Alto Valor de Conservação (AAVC), fundamental para a biodiversidade e serviços ambientais contra enchentes, regulação de fluxo de recursos d’água e na manutenção da qualidade hídrica. Além desse papel, na área são encontradas inúmeras espécies, entre elas as ameaçadas de extinção, como o cachorro-vinagre, e a onça-parda que é uma importante espécie para conservação da biodiversidade, já que é um predador topo de cadeia alimentar. Sua presença demostra um certo equilíbrio no ambiente.

O gerente de Sustentabilidade da Eldorado Brasil, Fábio José de Paula, destaca que “todas as áreas contam com sistemas de monitoramento, para verificar se o atributo da AAVC Pântano está se mantendo ou melhorando ao longo do tempo. Foi criado um plano de monitoramento com indicadores diretos e indiretos, que incluem flora, fauna, ocorrências socioambientais, qualidade da água e perda vegetal”.

O que é uma AAVC

Área de Alto Valor de Conservação é uma área florestal ou de outro tipo de vegetação que tem importância particularmente elevada por razões sociais ou ambientais. Para que uma floresta ou área seja considerada de Alto Valor de Conservação (AVC), deve possuir, pelo menos, um dos seguintes atributos: tipo 1 (diversidade significativa de espécies), tipo 2 (ecossistemas e mosaicos em nível de paisagem e paisagens florestais intactas), tipo 3 (ecossistemas e hábitats raros), tipo 4 (serviços ecossistêmicos), tipo 5 (necessidades das comunidades) e tipo 6 (valores culturais).

A AAVC da Fazenda Pântano possui uma área de charco que contém excepcionalidades consistentes com AVC (Alto Valor de Conservação) ambiental do tipo 1, ou seja, a utilização de determinadas áreas por espécies de modo sazonal ou em determinadas fases da vida. Isso inclui áreas utilizadas para a migração ou a reprodução de certas espécies. Tais áreas são relevantes na medida em que se mostram essenciais para a manutenção das concentrações das espécies que as habitam, já que se tornam vitais para o refúgio e a reprodução da ictiofauna e da herpetofauna, bem como para a prevenção contra enchentes, a regulação de fluxo de cursos d’água e a manutenção da qualidade da água (AVC do tipo 4).

Rica biodiversidade

Os monitoramentos realizados pela Eldorado Brasil demonstram que as medidas adotadas para a preservação da AAVC da Fazenda Pântano estão sendo eficazes, visto que os dados apresentados são expressivos, tais como grande biodiversidade e espécies endêmicas, raras e ameaçadas de extinção.

Uma riqueza de espécies pode ser encontrada na AAVC. Na flora, com destaque para as protegidas pelo estado do Mato Grosso do Sul e características do Cerrado tais como:  pequi (Caryocar brasiliense); gonçalo-alves (Astronium fraxinifolium) e amburana (Amburana cearensis), espécie ameaçada na categoria “em perigo” de acordo com a International Union for Conservation of Nature (IUCN).

Entre as aves registradas, apenas uma é ameaçada de extinção, o mutum-de-penacho (Crax fasciolata), que está classificado como vulnerável à extinção pela IUCN (2020). Quanto às espécies endêmicas, foram identificadas a gralha-do-campo (Cyanocorax cristatellus), o chorozinho-de-bico-comprido (Herpsilochmus longirostris) e o tesoura-do-brejo (Gubernetes yetapa).

Em todas as áreas foi notada a presença de anfíbios vocalizando, o que indica que essas áreas são usadas como sítios de reprodução. Foi observado que cada área possui micro-habitats peculiares que são ideais para a reprodução de cada espécie. Cada ponto amostrado apresentou dominância de certa espécie, sendo elas a perereca-risada-de-bruxa (Boana raniceps), a rã-manteiga (Leptodactylus chaquensis) e a rãzinha-assobiadora (Leptodactylus furnarius).

Entre as espécies de mamíferos de médio e grande porte, os destaques são a anta (Tapirus terrestres), o  cateto(Dicotyles tajacu) e o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous). As ameaçadas de extinção identificas foram o tatu-canastra (Priodontes maximus), a anta (Tapirus terrestres) e o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) que são considerados “vulneráveis à extinção” de acordo com a lista nacional e internacional de espécies ameaçadas, e cachorro-vinagre a nível nacional.

Vulneráveis

   Um grande indicador da importância de preservar a floresta nativa é poder encontrar espécies ameaçadas de extinção. Embora de maior porte, alguns indivíduos da mastofauna não são muito avistados na natureza. No trabalho de monitoramento, a Eldorado registrou o cachorro-vinagre (Speothos venaticus), considerado “vulneráveis à extinção” de acordo com a lista nacional de espécies ameaçadas, e a onça-parda que era considerada vulnerável, mas, saiu posteriormente das listas oficiais de animais ameaçados por conta de revisões efetuadas, contudo, sua presença é fundamental no equilíbrio ecológico, já que é um predador topo de cadeia alimentar, e importante para conservação da biodiversidade.

“É um trabalho de extrema responsabilidade e muito gratificante apresentar esses resultados. Constantemente, nosso time sai a campo e mantém o plano de monitoramento com o inventário atualizado. Como também somos verificados, comprovamos essa riqueza da biodiversidade e apresentamos anualmente no nosso Relatório de Sustentabilidade e Plano de Manejo Florestal, que são de acesso público. Temos grande compromisso ambiental em cada ação na Eldorado”, destaca o gerente Fábio de Paula.

A Eldorado Brasil elabora medidas de proteção e conservação como delimitação da AAVC, placas de sinalização, vigilância patrimonial, educação ambiental, programa de prevenção e controle de incêndios florestais e microplanejamento das atividades florestais. As medidas visam manter ou melhorar os atributos, além de reduzir qualquer ameaça na AAVC, dentre elas danos operacionais, incêndios, atividades ilegais (caça, pesca predatória, extração de madeira nativa etc.), afugentamento e/ou atropelamento de animais e diminuição da biodiversidade.

Por seguir rigorosamente as normas ambientais, produzir com respeito à natureza e contribuir para o desenvolvimento social e econômico das comunidades da região, adotando o manejo florestal responsável, a Eldorado Brasil conquistou as certificações Forest Stewardship Council® (FSC® – FSC-C113536) e CERFLOR (Programa Brasileiro de Certificação Florestal) em 2012 e 2017, respectivamente. Comprometida em seguir os princípios e critérios dessas certificações em todas as etapas do manejo florestal, a Eldorado Brasil reafirma seu compromisso com os Dez Princípios Universais estabelecidos pelo Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), dos quais se tornou signatária em 2020.

 

Sobre a Eldorado Brasil

A Eldorado Brasil Celulose, é uma das mais eficientes e sustentáveis empresas de base florestal para produção de celulose do mundo. A companhia opera em Três Lagoas (MS) uma fábrica com capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano. Em energia limpa, há geração de 50 megawatts/hora de energia na usina termelétrica Onça Pintada, além da mesma quantidade na planta de celulose – que é autossuficiente. A base florestal é de mais de 260 mil hectares de florestas plantadas em Mato Grosso do Sul. Para dar condições para operar em níveis de excelência, a companhia conta com o trabalho de mais de 5 mil colaboradores no Brasil e em escritórios internacionais. Em Santos (SP), está construindo um dos maiores terminais portuários multimodais da América Latina, com previsão de inauguração no segundo semestre de 2023.

 

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